PSICOLOGA PORTO: DRA. SARA CARDOSO
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O que é a Ansiedade?

23/1/2023

 
Actualmente quando pensamos na palavra ansiedade ocorre-nos de imediato um problema de saúde sério, com o qual é muito difícil de conviver, pois pode causar desconforto extremo e enorme perturbação na nossa vida. Contudo, na sua origem a Ansiedade é uma reacção natural do corpo. Parece-lhe estranho? Pois bem, continue a ler para perceber melhor o que é a Ansiedade, como se descontrola e como pode evoluir.
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Na sua origem, a Ansiedade é uma resposta fisiológica que nos instiga a actuar perante uma situação de perigo iminente. Imagine os nossos antepassados a viver em espaço aberto. De repente aparece um animal perigoso, um predador. Automaticamente é activada uma resposta do sistema nervoso, preparando o corpo para uma reacção de “luta ou fuga”, que vai libertar na corrente sanguínea hormonas de stress. Ou seja, a resposta de Ansiedade vai salvar a vida do nosso antepassado! Como vemos neste exemplo, é necessário um certo nível de Ansiedade para podermos lidar com situações em que estamos em risco, mas a Ansiedade não deve chegar a ponto de nos debilitar, que é o que acontece infelizmente com muitas pessoas.
 
Embora um certo nível de stress possa ser positivo para o desempenho, o stress excessivo e prolongado no tempo pode ser extremamente prejudicial e causar problemas de hipertensão, enxaquecas, alterações gastro-intestinais, Ansiedade, depressão e ataques de pânico.
 
As 3 Fases de Evolução do Stress: alarme, resistência e exaustão

Um dos pioneiros do estudo do stress e dos primeiros cientistas a usar o termo stress aplicado à fisiologia foi o Professor Hans Selye, médico investigador na área de endocrinologia. O professor, que estudou durante vários anos os efeitos do stress, demonstrou, através das suas experiências científicas, que o stress não é um conceito vago, mas um fenómeno médico e biológico, cujos mecanismos podem ser objectivamente identificados e com o qual podemos viver muito melhor quando sabemos como lidar com ele.
 
Em geral, as respostas do organismo ajudam-no a adaptar-se a novos estímulos ou mudanças ambientais, mas podem causar doença quando o stress é intenso ou prolongado.
 
De acordo com Selye, o organismo em stress (a que também chama de síndrome geral de adaptação,) passa por três fases quando exposto a uma situação de stress prolongado.
 
O processo começa quando um indivíduo se depara com um estímulo potencialmente causador de stress, que é percebido como uma ameaça, como por exemplo: presença de um predador; ameaça à segurança ou integridade física e emocional da pessoa, mudança súbita na vida pessoal, profissional ou social, morte de parente próximo, trânsito caótico, competição profissional…
 
Diante de um ou mais estímulos, o indivíduo entra na 1ª Fase descrita por Selye, designada por fase de alarme, que o estimula a entrar em acção para fugir ao perigo ou lutar. Aqui é activada uma resposta do sistema nervoso central, preparando o corpo para uma reacção de “luta ou fuga”, que envolve uma série de alterações metabólicas e reacções químicas, que vão libertar na corrente sanguínea hormonas de stress (adrenalina e cortisol) e gerar impulsos nervosos.
Como consequência, acontecem reacções corporais a vários níveis:
- a respiração altera-se (tornando-se ofegante) e os brônquios dilatam-se para poderem receber maior quantidade de oxigénio;
- o ritmo cardíaco aumenta (palpitações), os batimentos cardíacos aceleram e a tensão arterial sobe, o que permite uma melhor circulação do oxigénio;
- as mãos e os pés arrefecem, pois o sangue é redistribuído, dirigindo-se das extremidades para os grandes músculos para preparar a resposta de “fuga ou luta”
- a visão e a audição tornam-se mais apuradas,
- a transpiração aumenta…
 
Se o indivíduo conseguir lidar com o estímulo causador de stress, eliminando-o da sua vida, ou aprendendo a lidar com ele, o organismo volta à situação de equilíbrio interno. Mas, se pelo contrário, o estímulo persistir e o indivíduo não tiver encontrado uma forma de se reequilibrar, irá haver uma evolução para a fase seguinte.
 
Na 2ª Fase, designada por fase de Resistência, o organismo continua a procurar adaptar-se aos estímulos causadores de stress, pelo que persiste o desgaste necessário à manutenção da actividade e de um metabolismo elevado. No entanto, os sinais típicos da fase de alarme praticamente desapareceram e a resistência está acima do normal. Por isso, esta fase pode ser perigosa, pois devido à capacidade de adaptação do organismo, as pessoas por vezes não se dão conta do estado em que estão. É nesta fase que começam a aparecer as primeiras consequências mentais, emocionais e físicas do stress.
 
Com a persistência de estímulos causadores de stress, o indivíduo entra na 3ª Fase, designada por fase de exaustão. Nesta fase a resistência do organismo esgota-se, tendo gasto todas as suas reservas físicas, mentais e emocionais. Há uma grande quebra a nível do sistema imunitário e reaparecem os sintomas da fase de alarme de forma intensa, podendo dar lugar à instalação de doenças físicas ou psíquicas.
Os sintomas nesta fase podem ser muitos e variados, alguns dos mais comuns são:
- perda de concentração mental, cansaço e lapsos de memória, dificuldade em tomar decisões,
- irritabilidade, inquietação, alterações de sono, instabilidade emocional, depressão, Ansiedade, fobias,
- palpitações cardíacas, suores frios, dores musculares ou dores de cabeça,
- problemas gastrointestinais (gastrite, úlceras, diarreia…),
- diminuição da resistência do organismo a infecções,
- problemas respiratórios (asma, rinite, tuberculose pulmonar),
- problemas de pele (alergias, psoríase, queda de cabelo, caspa e seborreia),
- hipertensão, diabetes,
- supressão de várias funções corporais relacionadas com o comportamento sexual, reprodutor e com o crescimento, desequilíbrios hormonais…
 
Perante este quadro um pouco assustador, tomamos consciência de que não é fácil eliminar completamente o stress da nossa vida. A boa notícia é que podemos aprender a lidar com ele de forma inteligente, readquirir o controle e equipar-nos com um conjunto de ferramentas que nos permitam reencontrar o nosso equilíbrio, quando ele é ameaçado.
Com a ajuda da Terapia, é possível reduzir a Ansiedade e voltar a um estado de Equilíbrio e paz. Os estudos mostram que quanto mais cedo procurar Apoio profissional, melhor e mais rápida vai ser a sua recuperação e menor a probabilidade de voltar a ter o mesmo problema no futuro. É o melhor que pode fazer por si!

Conheça as Consultas da Dra. Sara, Psicóloga no Porto

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    Autor

    Sara Cardoso: Psicóloga, Mestre de Reiki e Autora.

    ​A Dra. Sara é Psicóloga diplomada pela Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto. 

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